Localizado na Borborema Potiguar, o município de São José do
Campestre no seu início era simplesmente uma clareira. Ao seu redor, existiam
algumas casas que ficavam distantes das outras, encravadas em fazendas, cuja as
principais atividades era o plantio de algodão, feijão, milho e a criação de
gado.
Etimologicamente, Campestre é uma palavra de origem latina –
Campester, Campestri que significa algo relativo à planície, à campina. A
vegetação que deu origem ao nome local era exuberante e os responsáveis pela
conformação do recanto eram os cursos d´água do rio Jacú.
Nesta clareira, grandes fazendeiros, vendedores e
compradores de gado e algodão foram se transformando. No ano de 1890,
anteriormente, grandes fazendeiros já haviam se radicalizado no lugar como José
Antonio, sem sobrenome, cuja propriedade se localizava à margem esquerda do Rio
Jacú. A fazenda de José Antonio originou depois a rua dos alpendres, por causa
da primeira casa construída dividida em alpendres. Atualmente essa rua é
denominada Rua José Antonio, homenagem justa ao fazendeiro que ajudou fundar a
cidade.
O padre Tomaz Aquino Maurício, vigário de Nova Cruz, em
rápida passagem pela localidade, celebrou uma missa improvisando o altar
debaixo de uma árvore com uma imagem de São José, cedida pelo pioneiro José
Antonio.
A primeira capela foi construída de frente para o
rio Jacú por Pedro Inácio, no período de 1895 a 1897.
Em 1943, por força do Decreto Estadual 268 do
governador Antonio Fernandes Dantas, a antiga localidade apenas de Campestre
passou a denominar de São José do Campestre. A escolha do santo para designar o
nome da cidade deveu-se em grande parte, ao fato de quase todas as fontes de
renda do município advirem da agricultura e por ser são José, o patrono dos
agricultores já obter grande influência do fazendeiro José Antonio.
Em 1910, quando o Governador Alberto Maranhão iniciou a
construção da estrada de rodagem ligando São José de Campestre a Nova Cruz, o
pequeno povoado contava com oito residências. O advento dessa estrada acelerou
o desenvolvimento do povoado, facilitando o surgimento de pontos comerciais e
de várias moradias. Em 1930, São José de Campestre contava com 120 casas
residenciais, vários pontos de negócio e uma concorrida feira realizada as
sextas-feiras.
A criação da cidade ocorreu em 1948 através do primeiro
projeto de lei apresentado pelo deputado Theodorico Bezerra. A lei estadual n.º
146 foi aprovada no dia 23 de dezembro, desmembrando de Nova Cruz. Hoje a
cidade conta com um distrito, chamado de Ipiranga (Japí II) que fica à 12km da
sede.
A comarca foi criada em 1º de janeiro de 1949, com
instalação datada em 22 de janeiro de 1956. As primeiras eleições se realizaram
em outubro de 1952 e o primeiro prefeito eleito foi o Sr. LINDOLFO DAMIÃO DE
SOUZA, empossado no dia 31 de março de 1953.
No ano de 1965, foi construído sobre a responsabilidade do
DNOCS, o açude público Japí II, com capacidade para armazenar 20.649.000 m3, e
ocupa a posição de 25º maior reservatório de água dentro os 80 que existe no Estado
do RN.
Em 25 de setembro de 1998, foi inaugurado pelo Governador
Garibaldi Alves, a adutora Monsenhor Expedito, trecho agreste/trairí, que
trouxe água encanada de qualidade, vinda da Lagoa do Bonfim para a população de
São José do Campestre.
A cidade fica a 97 km de Natal e em linha reta 82km. Tem uma
área de 345 km2. As coordenadas geográficas são: 6º 18` de latitude Sul e
35º 42`de latitude W.Gr. Seu clima é quente, seco no verão, com temperaturas
máximas de 36º graus, e ameno no inverno em média de 22º graus de temperatura.
Está a 175 mt acima do nível do mar. Seus pontos mais altos stituam-se na
Serras de Boqueirão, que circurdam a
cidade, embora o solo se apresente mais ou menos plano, sem desníveis
acentuados.
FONTE – CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DE CAMPESTRE
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